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8 de setembro de 2007

Eles.

Estou com saudade deles.

Daqueles que me mimam, me colocam pra dormir, que riem tardes inteiras ao meu lado.
Saudade de ser agraciada com sorrisos discretos, de pura admiração em parte secreta.
Recebi um e-mail de um amigo esses dias, onde ele dizia orgulhar-se de uma série de feitos meus. Senti a vontade de um largo sorriso desabrochar.

E daí fiquei lembrando, de todas as festas que fizemos juntos, com ou sem motivo, de todas as músicas que cantamos, de todas as viagens que fizemos, de todos os choros em que me cedeu os ombros, dos nossos abraços ternamente demorados.
Isso engatilhou a nostalgia seguinte – Nada mais será como nos tempo de colégio.

Meus anos do ensino médio foram de redescobertas: vivenciei ineditismos como nunca antes, em grandes doses. Eram pessoas diferentes, opiniões divergentes, amizades intensas.
Senti falta do convívio diário, das colas nas provas, dos grupos de estudos com muita guloseima nas casas umas das outras. Da primeira festa que participamos juntas, do primeiro choro em grupo, da primeira e da última decepção que tivemos umas com as outras.
Enxerguei o amor, mais uma vez. E sem a intenção de ser piegas, fui feliz.

O tempo fez seu papel, nos separou, e hoje, o que mais me encanta, ainda, é o fato de necessitarmos uns dos outros, e buscarmos as companhias constantemente.
Não há mais comodidade em se encontrar: todos saem de suas casas com um princípio estabelecido de simplesmente encontrar os amigos. E nem que seja passar 5 minutos com eles. Dinheiro nenhum pagaria, distância nenhuma desanima. O calor deles é algo inenarrável.

Estou fria, esta noite.
Sendo bem menos que o meu melhor. E pior: tendo ciência disto.
Queria viver tudo outra vez. Só a memória fotográfica não basta.
Todos os risos, gostos e cheiros, eu ainda quero, e mais e mais.

E hoje à noite, é cedo até amanhecer. A companhia de um deles, já faz tudo valer a pena...

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