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30 de julho de 2008

Um conto.

Era uma vez uma garotinha, que queria muito saber o que era amar alguém.
Deparou-se com um homem e uma mulher, e pensou que amor maior do que este que sentia por eles, jamais poderia existir. Se enganou.
Mais a frente, descobriu que o amor muda de forma, como muda de cor.
Encontrou um garoto. Que jurou amá-la como só ele pudesse fazer.
Jurou que a amaria para sempre, e sempre. E o sempre, seria continuamente forma literal de amar.
O tempo passou, e mudou o que este sempre queria tanto dizer.
A garotinha continuava amando aquele rapaz, e amaria pra sempre; fosse o que quer seja, esse sempre. E independente do que o rapaz sentisse por ela.
Sim, porque o rapaz encontrou uma nova pessoa pra amar, e descobrir, e explorar.
E a garotinha desejou que ele fosse a pessoa mais feliz e realizada do mundo. Estivesse ou não ao lado dela.
A garotinha foi crescendo, e entendendo que o amor é multifacetado, que o amor é volátil, que tudo nessa vida vale a pena, quando a gente amou pelo menos uma vez na vida.
A garotinha ouviu de um amiguinho, certa vez, que às vezes, o grande amor da vida da gente, não é pra gente. Mas que ele aparece, pra gente entender que não precisamos desistir de amar outra pessoa, e até mesmo de ser o grande amor da vida desta outra pessoa.
A garotinha me disse, esses dias, que se não fosse toda burocracia, se não fosse, talvez machucar o coração do ser amado, ela entraria de cara na piscina e nadaria até chegar o outro lado, só pra chegar lá e dizer que mesmo sem saber nadar, ela conseguiu não deixar o amor morrer.
Um sorriso bastaria.
E eu vim entrega-lo à você.

21 de julho de 2008

Só se você quiser.

Ela tremia.
O corpo todo já não mais respondia, formigava, desfalecia.
Não havia fala; cada movimento contínuo, quase que automático e tão complementar...
As fantasias, os sonhos. Cada um deles nos seus devidos lugares, transformando a realidade naquilo que de mais intenso podia existir naquela hora, naquele lugar.
Era tudo igual e diferente. E não se sabia explicar, só sentir.
Há quem tenha se deparado em frente o espelho e se perguntasse qual era a inquietação. Houve aquele que dispusesse o afago, quando nada mais podia ser feito. Havia respeito.

São escolhas.
Os atos, as peças, os romances, as novelas. São escolhas.
Cada cena, cada personagem, o cenário, a montagem.
Cada estrela brilha com propósito certo, cada fantasia é realidade momentânea.
- Esperar além é besteira. Deixe-se surpreender...

Antes de saber como funciona a realidade, é natural do ser humano fantasiar, idealizar, imaginar coisas. Não sou diferente de você ou dele, e continuo a fazer meus rascunhos do que suponho ser a vida, as situações, as sensações...

A menina me surpreendeu com sua sobriedade, de levantar no outros dias, e se dar conta de que o ciclo é finito só se você quiser...

[20/07/2008 - 2:35 am aproximadamente...]

1 de julho de 2008

Relação pontuada.


Antes, era um hífen.
Era algo que precisava de complemento, de continuidade, e eu não via.
Era diferente, pouco usado, tal qual um ponto e vírgula – não é todo mundo que sabe usar ou entender, e tal...
De repente eu vi, e estava tão reticente, que não dava mais pra ignorar.
Eu queria era enumerar as vírgulas, de uma maneira que a contagem das fantasias demorasse o tempo que fosse pra acabar. Sem pressa.
Houve um ponto, não necessariamente o ponto final, mas o ponto divergente.
Era como se a oração não estivesse correta gramaticalmente; não tinha mesmo que estar – eram aspas. Tinha apenas que ser e pronto.
Dava pra colocar dois pontos, travessão, na outra linha e continuar.
Eu tive medo. Um receio, friozinho na barriga, de vontades sem tamanho...
Pra não precisar de explicação imediata, joguei um asterisco qualquer e esclareceria adiante o que necessário fosse; tem coisa que é melhor sentir do que explicar, e então a gente evita a burocracia social, deixa pra depois.
Eu abri um parêntese na minha história, e não estou com pressa pra fechar e fazer a história acabar.