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22 de novembro de 2007

The Way.

Os caminhos vão se cruzando fronte o rosto daquele rapaz.
Os impulsos são tão intensos, que parece não haver por onde escapar de suas vontades.
E o pensamento se confunde com as infinitas possibilidades, até que...
Depara-se com os moralismos, de outrora.
Aqueles que eram construídos à base dos bons e velhos costumes, de 3 gerações atrás.

Definitivamente, não é tão simples quanto parece; as coisas parecem nascer e estipular em seus próprios lacres, as datas de validade possíveis; as datas de reciclagem ou devolução.
Aquilo de ser efêmero hoje, e mais ainda amanhã, já não é mais assunto de quem quer acabar um dia de serviço com um piscar de olhos: é realidade, e que dispensa a ciência dos homens, de sua existência.

Queria o rapaz, que houvesse o botãozinho do “não-pensar” instalado no antebraço esquerdo.
Que a possibilidade de dor e aprendizado fossem o bastante para não errar novamente, e nem se permitir arriscar sem a certeza de que vale os riscos.
As frustrações seriam cômicas; os defeitos, mero detalhe.

Inócuos...
Os caminhos deveriam ser inócuos, e nos deixariam livres, pra enveredar suas peças e garantir os risos.

E o garoto acordou.



[Ele pensa que a vida ficou pra trás/Então finge que nem liga que tanto faz/Ou não, ou não, a vida é como um gás/Só um sopro, só um vento, nada mais/E o ar que já lhe passou pelos pulmões/De tão velho já quer ir descansar/Daqui pro futuro falta só um piscarQue é pro tempo não mais nos enganar/Ele agora vê que o tempo é uma ilusão/E o passado são as linhas em suas mãos/Ou não, ou não, a vida é muito mais/Que os dias, que os deuses, que jornais/E o ar que já lhe passou pelos pulmões/De tão velho já quer ir descansar/Daqui pro futuro falta só um piscar/Que é pro tempo não mais nos enganar]
A verdade sobre o tempo. John Ulhoa

14 de novembro de 2007

Relações Relativas

De feitiços e verdades, músicas e mentiras, sonhos e relíquias letais.

Pensei em jogar os búzios, taromancia, ir visitar a cartomante...
Mas dizem que tudo só faz mais sentido quando a gente acredita, e a minha primeira tentativa foi absolutamente frustrada há alguns meses atrás.

Banho de sal grosso, talvez resolva. Sal sempre teve conotação de proteção em alguns ritos mágicos... Relaxa, revigora. Mas não sei, nunca tentei, não sei se um banho por imersão seria suficiente; a urucubaca é das pesadas!

Orar. Manter uma relação mais estreita com alguém que me acompanhe o tempo todo é por hora, a única coisa que eu sei que funciona, embora minhas últimas tentativas de conversa, tenham terminado em respostas inaudíveis e eu continue a me sentir só, em certas partes do caminho.

Estou perdida. Sem rumo. Apelando para conselhos aleatórios, por muletas de papel, e querendo proteger meu rosto só com filtro solar.

Essa foi a semana nos bichinhos: segunda, fui perseguida por uma mariposa pequenininha, enquanto tinha uma aula absolutamente ...interessante(?!) na faculdade; ontem, uma joaninha, que não vermelha mas tinha um tom próximo ao amendoado, passeou no meu cabelo; hoje, fui atropelada por esses insetos voadores que são típicos no verão: um enorme desses ...zangões, acredito.

Estou com saudade de acreditar em magia, de olhar no espelho e perceber meus olhos brilharem como sempre brilharam, quase como antes de escorrer a primeira lágrima de choro; depois que elas escorrem, o olhar tem mais brilho, os olhos ficam mais bonitos e expressivos.

Queria a expressividade de volta, e uma lista de compras interminável:
2 Vomitílhas,
1 Capa da Invisibilidade,
2 pares de Orelhas-extensíveis,
1 Bolsinha de briba...


Nova Iorque, terapia, cerveja, Veneza, livros escritos em fonte Garamond, tamanho 12, de que eu tanto senti falta....

Os olhares, aquele beijo descrito, a vontade de acreditar que ainda não fiz 11 anos, mas que assim que fizer, terei uma coruja batendo a porta, com um convite inevitável e prazerosamente aceitável, para um mundo novo, alí, da porta pra fora.

7 de novembro de 2007

Pai


E ele, sabiamente me disse:

- Realize assim: para trabalhar em prol de todos os outros, você trabalha por prazer; para aquele ser cuja empatia não tem boa procedência, é que te pagam pra trabalhar. Caso contrário, ficará louca aos 20 anos...



[E como eu amo, admiro e me encanto, viu?!]

6 de novembro de 2007

Storm

Quis sentar, rodar o pescoço buscando conforta-lo num estralo, e comecei a escrever pensando em só arrancar os pensamentos soltos da cabeça; tipo um brain storm abstrato., pra aliviar o stress, me trazer devolta ao eixo...

E tudo veio e foi, assim, muito rápido.
Era a vontade de voar no pescoço daquele cara, tapar a boca do cidadão ali e tascar-lhe um beijo ardente, sentar e chorar, tomar banho de chuva, fazer as contas, decidir em qual fundo investir, analisar cotações da bolsa, arrumar as coisas pro churrasco, rir com o povo da faculdade e fazer trabalhos – todos esses que estão pendentes, fora passar a limpo matéria por matéria... ler as matérias fúteis de feminilidades que andam me faltando.
Pensei em Deus.
Nas minhas promessas, nos prometidos, nas pretendidas.
É tanto sonho, né? Quase não sobra espaço pro outro lado das coisas reais.
Eu sempre planejo muito bem planejado - futuro, presente e passado, pra deixar a realidade mudar os fatos e os rumos, e ficar aqui, junto as lamurias, depois.
Vai ver é normal. É aquela fase de adaptação que nunca se adapta, ou a transição perene que a vida impõe diariamente.
Seja o que for, é filosófico demais, pra mim, por hora.
Quero o mais prático. Com os pragmatismos de antes, metodologias precisas, controle.
Mas já vi que não dá, não é assim que funciona.
Por onde você menos espera, aparece aquele lobo mal, dos contos, quase todo disfarçado, pronto pra dar o bote, e dedurar seus erros, suas franquezas, seus defeitos.

Estou farta desses pob(d)res seres.

Cansa minha beleza, que já é pouca...

[Post It: Só pra endossar, sem ser redundante, não me imagino NUNCA sem você! Obrigada... ]