Eu tive saudade de escrever.
Foram meses longe das teclas do computador, do grafite da lapizeira, do giz e da calçada, e eu só pude constatar o óbvio: não vivo se não escrevo.
A vida passa, simplesmente passa, e não faz sentido se eu não grafar minha visão dela.
Quando eu escrevo o mundo faz sentido, ainda que o sentido seja não fazer.
Quando eu escrevo a braveza vai embora, a irritação saí de mim, e tudo que era confuso parece desanuviar por um instante.
Quando eu escrevo vejo um leque de possibilidades - possíveis ou não, inteligentes ou não, acessíveis ou não.
Eu senti falta de escrever nos dias frios, em que as pontas dos dedos doem, mas a vontade de dedilhar idéias é maior. Senti falta de escrever quando chorei, ainda que as lágrimas lutem pra não me fazer enxergar meus termos. Senti falta de escrever nos dias de sorriso intenso, quando as bochechas doem. Senti falta de fotografar minha vida em palavras.
Quero a vida assim, em trechos.
Quero formar grandes peças, belos espetáculos.
Ainda que sejam dramas, ainda que sejam tragi-comédias, não me importa muito mais...
Um comentário:
Então, por favor, não só sinta falta... escreva, mocinha!!!
E escreva sempre mais...
Beijosss
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