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24 de maio de 2007

A Menina

A menina. Sozinha... Mas praticamente empregada e estudando o que lhe dá prazer.
É o que importa. Ou pelo menos, é o que dizem ser o que importa mesmo...
Ocupada, a menina, mas só para aqueles segundos planos.
Dada a escrever. Escrever e falar muito. Sobre tudo, sobre qualquer que seja.
Um amor. Um poço de estupidez. Medrosa! Sorridente, sabe?
Gosta dele, se interessou pelo outro, se desiludiu na sua própria confusão.
Espera demais. Mas espera sabendo que espera e isso já é alguma coisa.
Ela quer sempre mais. Não está errada, está? Busca aquele reconhecimento na hora certa, aquele elogio, aquele olhar, aquele puxão de orelhas. Ela simplesmente quer. Quer que precise dela. Talvez porque ela precise tanto quanto. Precisa assim, não precisamente, mas de maneira bem simples, só. Pouco, quem sabe. Talvez muito pra quem olha sem perceber as nuances. Ela quer o óbvio. O que é devido. O que é Direito.
Os amigos, ah! os amigos... Sempre. Longe ou perto. Bravos ou alegres. Engraçados! Tristes ou felizes. Dançando, cantando, vibrando, bebendo, sorrindo, abraçando... e quantos verbos forem possíveis nos ‘ando, ‘endo e ‘indo da vida. Na conversa, na carta, ou calado. Os amigos dos amigos, e os mais amigos dos amigos desses.
Fotografia, pintura, textura... Cultura! Outro país, outras pessoas, outros grupos, outras opiniões: ela nada sabe, e sabe disso, e quer saber.
Ela quer Deus. E ela quer demais. E deuses do Olímpo, seus defeitos e virtudes. Patronos, Madrinhas, Doutoras, Mestres... Exemplos.
Ela quer livros e quantas dela mesma puder encontrar dentro deles, quer Clarices, e Vinícius de quantas Morais forem, quer Pessoas e suas diversas fases e faces.
Ela quer tudo e todos. Ela precisa de limites. Queria usar óculos. Precisa se enxergar.
Quer ser professora dos netos, um dia. Ela quer chorar.
Mas o que será que, de fato, a menina quer?
Só desconfia-se. Tudo é muito efêmero pra saber se realmente ela quer, o que ela quer.
Acredita-se que seja a cadelinha e seus futuros filhotes. Abraçar. Acariciar. Agradecer. Amar. Beijar. Boa comida, bom vinho (e não precisa ser aquele vinho, basta que ela ache bom). Brincar e correr. Brindar. Cantar e dançar, ou o contrário. Caráter. Carinho de pé de ouvido. Cartas, muitas cartas. Cartões postais. Chamego, carinho, cafuné... (Ah! Ela ainda lembra daquele cafuné...). Chorar e chorar. Combinar. Compras e Futebol no boteco. Cumplicidade. Decifrar os Códigos. Ele, pra ser o namorado, ou talvez não. Encanto. Entender. Entrelaços. Escrever. Estar. Fadas e monstros. Fé, muita fé... e quando ela parecer sumir, o dobro. Força e fibra. Frio de outono. Hombridade. Mãos e pés. Músicas e suas poesias, ou mesmo apenas poesia. Nada de períodos férteis que desatinam e tiram-na de si! Observar. Paixonites. Pato fu, Teatro Mágico, Sister Hazel. Peter Pan. Postura. Salto alto. Ser. Sofrer. Sol de primavera. Sorrir. Sutileza. Tecnologias favoráveis. Telefonemas no meio da madrugada. Trem da Alegria, Balão Mágico, e suas folias. Unhas escuras, mas delicadas.
Talvez não necessariamente nesta ordem (ou desordem, a vida é mesmo sem pés, nem cabeças!).

O que será que ela quer... ?
Eu queria poder responder de uma só vez, mas é arriscado!
- ...Subliminaridades, talvez.

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