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19 de setembro de 2007

Adjetivada


Já passou da meia noite, e é nítido que meus sentidos precisam ser momentaneamente desligados.

Queria mesmo que fossem. E que fossem desligados por um período indeterminado.
Tive um dia difícil, hoje.
Daqueles que se tem certeza que acordou, mas dever-se-ia ter ouvido a voz intuitiva e continuado a dormir.
Mas você tem responsabilidades!
- É, eu sei. Meu tempo de gente grande começou, e eu nem percebi, ninguém avisou, e quando eu vi... Olha eu ali.

Trabalho tenso, faculdade com provas explosivas, trabalhos pendentes na estante, livros que eu já deveria ter começado a ler.


Meu CD favorito, nunca mais tocou inteiro; ainda não acabei de ouvir o último que comprei, e você não imagina o quão grave isso pode ser.

Estou me irritando. Estou triste. Estou... É, estou, mas ainda bem aqui, ser não é estar.

E tanta coisa aconteceu. E nada.
Eu aqui pensando, mastigando, digerindo, relutando.
Hipóteses, metáforas, subliminaridades...

“- Pra que serve, moça?
- Pra nada. Pra confundir, complicar, envolver, iludir, decepcionar.
- Do que a senhora está falando?
- Oras, disso... de... Afinal, perdoe-me, mas do que você precisa?- Dessa plaquinha, ó.
Pra que serve essa Chave de Segurança?
- ... “



Dada a comentários flutuantes, de diálogos imaginários, com sentimentos inoportunos.

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