Não é preciso denominar os capítulos da vida que materialisamos diariamente, é?
Se hoje foi o dia de “sentir um amigo próximo”, ou momento de “ser idiota e perder sua câmera digital recém comprada”, nada realmente mudaria se faltassem as nomenclaturas.
E, ao contrário disso, existem certos momentos que precisam de como serem chamados.
Seu aniversário seria mais um dia comum, caso não fosse apontamento assim. E o Natal, o Carnaval, o Dia dos Namorados, não fariam sentido de terem comemoração se não fossem devidamente nomeados, mesmo que para muitos, nem assim isso faça algum sentido.
Estou sem saber nomear as coisas, os momentos, o que sinto.
E não só acho absurdo, porque estou convencida de que não é mais necessário – se é que um dia foi, que se tenha opinião formada sobre tudo. Ninguém precisa saber especificamente o que pensar sobre o mais novo conceito científico ou qual a real razão para a última morte anunciada.
A maldição tem sido saber. Não se pode saber demais, isso incomoda as pessoas.
E pior, saber que se sabe pouco, sem ser permitido aprender, pensar, seguir raciocínios lógicos ou não, sem passar pelo crivo deles todos...
Que as necessidades cessem, e as surpresas comecem; com ou sem nome específico.
Eu não faço questão de ter como chamar...
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