Sem pensar, eu peguei impulso e pulei. Pulei, e cai.
E quando cai, me dei conta da besteira que foi ter pulado.
Assim tem sido: o momento todo me pego agindo sem pensar, e quando assim não estou me vejo a pisar em ovos.
Lembro-me daqueles botões que um dia eu quis desligar: queria parar de crescer, queria não ter que trabalhar e só estudar pra sempre, fazer exata e somente aquilo que prazer me desse, quando eu bem quisesse. Queria ficar bonita pra sempre, e magra pra sempre sem mudar um chocolate da minha alimentação, ou sem ter que me exercitar pra ter pernas torneadas e barriguinha de dar inveja. Hoje eu é que tenho inveja.
Tenho inveja de quem pode e não faz, de quem quer e consegue por mérito próprio, sem ter medo de ser feliz, de dar errado ou do monstro do armário.
Cada impulso novo acaba por me deslocar pra uma terra de gente nova, gente diferente de mim, que, ao que me parece, sempre esteve aqui... E eu que parecia nem me importar, e que tinha decido ir vivendo, assim puramente por viver, hoje quero entender, integrar, interagir. Descobri que me faz bem.
Não fazer parte do meio meramente, mas perceber e poder optar em viver e como viver nele. Hoje meu querer é muito mais simples: desligar-me da inércia que antes eu achei inofensiva, acabar com os impulsos, os instintos, e ser dona de mim, de verdade, única e sinceramente. Com direito a assumir erros e acertos, ter meus méritos comemorados e meus monstros expurgados. Por mim. Pra mim. E pra eles, também.
E isso, só porque me faz bem dividir o que quer que seja, se for com ele.
Minha maior escola de ser alguém, de viver, de amar. Feliz.
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