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30 de setembro de 2007

Estações

Estava em busca de inspiração pra escrever hoje. Tentei horas e não achei.
Não escrever só pra mim, com as metáforas de praxe, ou mensagens subliminares para destinatários certos.

Só cheguei à conclusão de que os dizeres estão indizíveis, inefáveis, inexprimíveis...

Quero não pensar em fases.
Ter delírios e devaneios sem compromisso, mas com conseqüências perenes e típicas, pra que nada fuja do controle devido, pra que nada me faça mal.
- Disseram-me que não é possível.
Que as coisas acontecem quando a gente menos espera e que ter controle da vida, não é algo típico, normal, saudável.
O sentido está em tudo ser uma incógnita, em não ter controle, em esperar pelo inesperado.

Acredito que ser alguém mais rude, de temperamento rígido, não dado à sorrisos, enérgico, direto... Talvez ajude em manter o foco nos pontos corretos da coisa.

"A casa será arrumada mais prontamente,
e os móveis permaneceram em ordem por mais tempo."

Mas sem sorrisos, sem calor, sem instabilidades comedidas, não há festas, nem surpresas agradáveis. Não há telefonemas inesperados, nem presentes.

Nasci pra sorrir e fazer festa, não quero outra opção.
Mesmo que doa, conviver com falsos moralismos, impulsos ríspidos, dolo intencional.

Forço a não me fazer desistir.



Mudaram as estações, nada mudou.
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, está tudo assim, tão diferente...
Mesmo com tantos motivos, pra deixar tudo como está...
Nem desistir, nem tentar.
Agora, tanto faz...
Estamos indo de volta pra casa?

Um comentário:

Fernanda S. disse...

Será que isso é contagioso??? Escrevi tb um post sobre o não conseguir dizer, exprimir.. e uma amiga minha, curiosamente, escreveu assim, ao mesmo tempo!
Calma que tudo volta, tudo passa...
E quanto aos sorrisos, continue sorrindo... por bem ou por mal, eles sempre atingem alguém que está precisandó, às vezes, até mais que você própria...

Bjinhossssssssss