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16 de outubro de 2007

Sinais de Fogo

Ouvi dizer que beber é preciso.
Beber como o pobre, pra ficar podre, padecer por opção.
Ouvi que não devo me levar tão a sério, que sinais de fogo estão espalhados pelos meus critérios, que não tenho vocação pra trabalho bruto - apesar de bruta.

Quis meus mistérios, saldei os custos.
Quis as ilusões. Plantadas na expectativa de ontem, colhidas na frustração do amanhã.
Parei na contramão dos meus desejos, loucuras, devaneios...
Dos meus contos-de-fada, das minhas premissas, peripécias.

Estou decepcionada, desiludida, frustrada.
- Perguntando se é justo criar personagens perfeitos pra encantar as pessoas, usufruindo dos rabiscos e desejos preconizados dela, sem seu consentimento.
Misturar gostos aos meus gostos, me ensinar.
Colocar doce na boca da criança, mostrar que é bom, e depois tirar.
Não acho certo. Não acho justo. Quero mudar.
...Então pra que se esconder?
Você deve saber o quanto me ama...
Que distância vai guardar nossa saudade?
Que lugar vou te encontrar de novo?
Fazer sinais de fogo
Pra você me vê

Quando eu te vi e te conheci, não quis acreditar na solidão,
E nem demais em nós dois,
Pra não encarar...


...E não adiantou.
- Porque eu olho pra fora e vejo você em todos os carros iguais ao seu, em todas as suas roupas e gostos iguais, em todos seus egoísmos iguais. Por quê?



[Aula de hoje: Kant e sua liberdade moral radical.]

Um comentário:

Fernanda S. disse...

E quem disse que o mundo era justo mesmo?!?!!
Difícil e complexo.. e nem dá pra entender...
Melhor beber para esquecer. Quem sabe na embriaguez a gente não descubra, um dia desses, uma luz no fim do túnel?!!? hehe

Bjoooo, pequenina e sorry for ontem... não estava mto bem qdo cheguei na sala!